sexta-feira, 1 de maio de 2015

2) 5 de maio – dia nacional das comunicações

Paulo Ferreira

“Comunicação é a arte de ser entendido” – Peter Ustinov.

C
onhecido como uma das pessoas que mais se esforçaram pela integração do país no cuidado do acesso ao conhecimento das mais diversas culturas, inclusive a indígena. O marechal Cândido Mariano da Silva Rondon é o patrono das  comunicações do Brasil. O 5 de maio refere-se a sua data de nascimento.
          Nossa realidade mais conhecida era a dos que habitavam ao longo da costa marítima. O interior brasileiro – imenso desconhecido precisava também aparecer. Precisava fazer extensão das linhas telegráficas que era de grande importância para o acesso ao conhecimento de nossa população. Esta parte que nos faltava preocupava o Exército Brasileiro, pois envolvia também a segurança de nossas fronteiras. Rondon assumiu a árdua missão de ver de perto o Brasil desconhecido, mesmo com o risco de vida, contrair enfermidades, sem saber quais riscos tinha que lutar. Foi um desbravador. Passou pelo Mato Grosso, chegou à Amazônia. Protegeu os índios, assegurando-lhes a proteção direta do Estado ao garantir a posse de suas próprias terras (soa um pouco redundante – mas é história). Via os índios como brasileiros, mas povos independentes. Em sete de setembro de 1910 criou O Serviço de Proteção aos Índios com o passar do tempo veio depois a se chamar  FUNAI. Não foi à toa que a “Sociedade de Geografia de Nova York” concedeu-lhe o Prêmio Levingstone”- proclamando-o como um dos cinco maiores exploradores do globo terrestre.
          Nos anos 1970, as universidades federais brasileiras instituíram um programa de participação de estudantes para conhecimento das culturas mais distantes. O programa recebeu o nome de “Projeto Rondon” com o lema integrar para não entregar.
           A comunicação é um impulso inerente ao ser humano. Sabe-se também que os animais também se comunicam. As abelhas, por exemplo, quando querem comunicar a toda população da colmeia sobre florada, fazem uma espécie de ritual chamado de “danças das abelhas”. Dessa manifestação, de acordo com os movimentos elas “dizem” onde fica a área mais abundante. Depois seguem para a coleta do pólen para fabricação de geléia real, mel e ceras.
          No lado humano, além da natural, o falar, também usamos da tecnologia para nos comunicar.
Do sussurro, do cochicho, e do Grito ao Satélite* – subtítulo de um dos livros que mais se embrenha no assunto.
          A construção da comunicação passou através do tempo por varias fontes: da pictografia – representação desenhada de objetos, do uso do pergaminho, papel, da tipografia de Lutenberg aos mais recentes aparelhos do universo da informática, foram muitas as mudanças até chegarmos ao ciberespaço.
          Mas a comunicação não para. Vai continuar. Talvez a comunicação ganhe asas mais ainda com uma tendência à perda da privacidade - Ad infinitum.


*Comunicação – Do Grito ao Satélite – Antonio F. Costella