2) 5 de maio – dia nacional das
comunicações
Paulo
Ferreira
“Comunicação é a arte de ser entendido” – Peter Ustinov.
C
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onhecido
como uma das pessoas que mais se esforçaram pela integração do país no cuidado
do acesso ao conhecimento das mais diversas culturas, inclusive a indígena. O
marechal Cândido Mariano da Silva Rondon é o patrono das comunicações do Brasil. O 5 de maio refere-se
a sua data de nascimento.
Nossa realidade mais conhecida era a dos
que habitavam ao longo da costa marítima. O interior brasileiro – imenso
desconhecido precisava também aparecer. Precisava fazer extensão das linhas telegráficas
que era de grande importância para o acesso ao conhecimento de nossa população.
Esta parte que nos faltava preocupava o Exército Brasileiro, pois envolvia também
a segurança de nossas fronteiras. Rondon assumiu a árdua missão de ver de perto
o Brasil desconhecido, mesmo com o risco de vida, contrair enfermidades, sem
saber quais riscos tinha que lutar. Foi um desbravador. Passou pelo Mato Grosso,
chegou à Amazônia. Protegeu os índios, assegurando-lhes a proteção direta do
Estado ao garantir a posse de suas próprias terras (soa um pouco redundante –
mas é história). Via os índios como brasileiros, mas povos independentes. Em sete
de setembro de 1910 criou O Serviço de Proteção aos Índios com o passar do
tempo veio depois a se chamar FUNAI. Não
foi à toa que a “Sociedade de Geografia de Nova York” concedeu-lhe o Prêmio Levingstone”-
proclamando-o como um dos cinco maiores exploradores do globo terrestre.
Nos anos 1970, as universidades
federais brasileiras instituíram um programa de participação de estudantes para
conhecimento das culturas mais distantes. O programa recebeu o nome de “Projeto
Rondon” com o lema integrar para não entregar.
A comunicação é um impulso inerente
ao ser humano. Sabe-se também que os animais também se comunicam. As abelhas,
por exemplo, quando querem comunicar a toda população da colmeia sobre florada,
fazem uma espécie de ritual chamado de “danças das abelhas”. Dessa
manifestação, de acordo com os movimentos elas “dizem” onde fica a área mais
abundante. Depois seguem para a coleta do pólen para fabricação de geléia real,
mel e ceras.
No lado humano, além da natural, o
falar, também usamos da tecnologia para nos comunicar.
Do
sussurro, do cochicho, e do Grito ao Satélite* – subtítulo de um dos livros que
mais se embrenha no assunto.
A construção da comunicação passou através
do tempo por varias fontes: da pictografia – representação desenhada de
objetos, do uso do pergaminho, papel, da tipografia de Lutenberg aos mais
recentes aparelhos do universo da informática, foram muitas as mudanças até chegarmos
ao ciberespaço.
Mas a comunicação não para. Vai
continuar. Talvez a comunicação ganhe asas mais ainda com uma tendência à perda
da privacidade - Ad infinitum.
*Comunicação
– Do Grito ao Satélite – Antonio F. Costella