Poesias, poetas e críticos literários
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).
I
Pode
dizer e escrever na certa
Poesia
é a linguagem do poeta
Signos,
sentimentos, palavras
Vão
tecendo sua escrita, sua lavra
II
Nos
primórdios, poesia era predominantemente usual
Diluiu-se
no tempo, é menos recorrente no mundo atual
Poucas
pessoas fazem uso dessa estrutura de mensagem
É
como se ela, moribunda estivesse só de passagem
III
Poetas
muitas vezes não se fazem nas escolas
Poeta
cria e recria a realidade – sonhos afloram
Poeta
é um nu vestido de palavras de inspiração
Com
suas obras marcadas profundamente pela emoção
IV
Um
mesmo assunto pode ser escrito de maneiras várias
Recurso
tautológico de se compor uma obra literária
Atendendo
aos críticos da universal literatura
Um
pensamento aqui, outro ali, vai se construindo, fluindo a tessitura
V
É
seguir ditames de críticos literários
E
agir como um bom e fiel escriturário
Em
Umberto Eco palavras dispostas num intrincado jogo
São
friamente analisadas num apuro de um experiente pedagogo
VI
Poesia
precisa falar de dor, de amor, do sensual
Em
Sartre, se preciso nunca esquecer o social
Roland
Barthes grande crítico evoca fruição
Para
expressar tanto o simples como a erudição
VII
Com
Pound é preciso saber usar a palavra significativa
Para
o texto se fazer pulsar, ganhar sopro, ganhar vida
E
se o crítico literário prof. Acácio Scos der seu aval
A
poesia resiste, não morrerá. Seguirá eternamente seu curso natural.
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