Semana de 1º a 8 de junho 2018
Revolução dos Caminhoneiros II
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional
Novos Poetas do Brasil).
I
Cansados
de muitos governos
Com
sucessivos (des)governos
A
classe dos caminhoneiros
Unida,
parou o País inteiro
II
Começou
na condição de greve
Crescendo,
pegando leve
E
de forma gradual
Ficou
total
III
Com
o apoio da maioria da população
Ganhou
status de revolução
Vida
de caminhoneiro é fácil não
O
cara sai de casa para morar em caminhão
IV
Enfrentando
estradas sem sinalização
Asfalto
com buracos, barro na escuridão
Curvas
e pontes traiçoeiras
E
cabina fervendo mais que chaleira
V
Transportando
todo tipo de mercadoria
Na
labuta de noite e de dia
Carga
tem prazo de entrega
Se
ficar o bicho come; se correr o bicho pega
VI
Nosso
combustível, um dos mais caros do mundo
O
governo somente majora – fica mudo
A
gasolina, idem – parece geral alucinação
Com
isso, vai para o ar a inflação
VII
Que
a verdade seja posta
Eles
carregam o País nas costas
Muitos
explorados por empresários
Todos
extorquidos nas praças de pedágios
VIII
Revolução
se faz com canhões, com braços
Vejam
aqui que bom exemplo dado
Sem
dar um tiro – sem matança
Apenas
cruzaram os braços para a mudança
IX
Mais
que trabalho, é uma missão
Fazer
milagres com caminhão
Precisam
ser valorizados e reconhecidos
Acorda
brasil – gigante adormecido.