sábado, 2 de junho de 2018


Semana de 1º a 8 de junho 2018


Revolução dos Caminhoneiros II
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

                    I
Cansados de muitos governos
Com sucessivos (des)governos
A classe dos caminhoneiros
Unida, parou o País inteiro
                  II
Começou na condição de greve
Crescendo, pegando leve
E de forma gradual
Ficou total
                 III
Com o apoio da maioria da população
Ganhou status de revolução
Vida de caminhoneiro é fácil não
O cara sai de casa para morar em caminhão 
                          IV
Enfrentando estradas sem sinalização
Asfalto com buracos, barro na escuridão
Curvas e pontes traiçoeiras
E cabina fervendo mais que chaleira
                         V
Transportando todo tipo de mercadoria
Na labuta de noite e de dia
Carga tem prazo de entrega
Se ficar o bicho come; se correr o bicho pega
                       VI
Nosso combustível, um dos mais caros do mundo
O governo somente majora – fica mudo
A gasolina, idem – parece geral alucinação
Com isso, vai para o ar a inflação
                       VII
Que a verdade seja posta
Eles carregam o País nas costas
Muitos explorados por empresários
Todos extorquidos nas praças de pedágios
                    VIII
Revolução se faz com canhões, com braços
Vejam aqui que bom exemplo dado
Sem dar um tiro – sem matança
Apenas cruzaram os braços para a mudança
                     IX
Mais que trabalho, é uma missão
Fazer milagres com caminhão
Precisam ser valorizados e reconhecidos
Acorda brasil – gigante adormecido.