Semana
de 17 a 24 de fevereiro de 2017
Brasil – nação em decomposição
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
I
É fato, não é demais
Saber que Brasil só anda para trás
Escândalos, de tão frequentes
Até parecem não incomodar mais a gente
II
Como num estalo
Bilhões somem pelo ralo
Teve escândalo da Máfia dos Fiscais
Roubaram até não querer mais
III
O do Mensalão, Sanguessuga, Sudam
Qual será a novidade de amanhã?
E nossas criança assistindo a esses esquemas
Podem pensar que isso faz parte do Oficial Sistema
IV
Operação Navalha, Anões do Orçamento,
Para os corruptos – empreendedorismo para qualquer
momento
TRT – São Paulo, Banco Marka, Banestado, Vampiros da
Saúde,
Desse jeito, quem nos acude?
V
Em Foz do Iguaçu no Paraná
Foi pra acabar
Instalaram uma quadrilha – quase crime perfeito
O comandante supremo era justamente o prefeito
VI
Rui Barbosa estava muito certo
Quando falou da vergonha de ser honesto
E quando todos querem levar vantagem em tudo
A sociedade se desintegra no vazio, sem conteúdo
VII
E para que ninguém se esqueça
E a memória do povo não adormeça
Num passado bem recente
Um certo operário se fazia parecer decente
VIII
Falou com muita altivez
Como arauto da vez
Que o Congresso tinha uns trezentos picaretas
Um sofista buscando algo que se escarneça
IX
Essa fala messiânica, esse um
Veio a somar trezentos e um
Se palavras são flechas atiradas
Voltaram para seu dono vaticinadas
X
Brasília – é um mar de lama
É quase diversão – tudo faz parte do programa
A sociedade brasileira só se degrada
E os honestos, não fazem nada?
XI
Têm muitos que nem ligam para isso
Outros se conformam com tal atavismo
Uns tantos querem mudar
Aonde nós vamos parar?