sexta-feira, 22 de julho de 2016

Semana de 22 a 29 de julho de 2016

25 de julho - Dia do Escritor

Paulo Ferreira da Rocha Filho

Não fossem os escritores na linha  do tempo
O passado estaria ao sabor do vento



O papel ajudando a construir a linguagem

Paulo Ferreira da Rocha Filho

O papel foi inventado pelos chineses lá pelo Século VI a.C.  A linguagem, por sua vez, surgiu primeiro mas sua origem se perde nas noites dos tempos.
          É difícil negar, mas o papel teve uma significativa função de todo o aperfeiçoamento de todo tipo de linguagem. Não era nada fácil escrever em pedaços de ossos, superfícies rupestres e até em materiais inimagináveis. Com seu uso facilitado por sua capacidade de portabilidade, dobrabilidade e durabilidade, bastavam essas três propriedades para justificar a universalização de seu uso.
          Quando usamos os recursos do word na computação, sempre que queremos arquivar um documento o “salvamos ”. E foi com esse gesto de escrever ao longo do tempo usando papel que até sem percebermos, que a humanidade foi “salvando” nos pergaminhos, papiros (parentes do papel) e no papel propriamente dito, a linguagem ainda em todo seu processo de construção, formando o  arcabouço cultural do mundo.
          E dessa forma, geração a geração, o papel nos acompanha do berço ao túmulo. Para o bem ou para o mal, é nosso companheiro íntimo.
          Ganhou até uma poesia:

Folha de papel
 Paulo Ferreira da Rocha Filho
                                  I
Numa folha de papel se registra um nascimento
Uma mágoa, um fingimento
Numa folha de papel se manifesta uma negação
Uma dúvida, uma aprovação.
                                  II
Numa folha de papel se educa,
Escrevem-se coisas boas, normais, outras malucas
Numa folha de papel se declara amor,
Uma paixão, uma desilusão, uma dor.
                                III
Numa folha de papel se celebra um casamento
Uma separação, um afastamento
Numa folha de papel se encontra a sorte
O desgosto, a frustação, a morte
                              IV
Numa folha de papel pode estar a Bíblia de Deus ou de Satanás o Anais
O tudo
Ou nada mais.


terça-feira, 19 de julho de 2016

Semana de 15 a 22 de julho de 2016

 Soneto da volta de Alika
Paulo Ferreira da Rocha Filho
                        I
Ah! Doce Alika que para casa voltas
Tudo foi uma armadilha que o destino entorta
Fizeste uma viagem, não um passeio
Mas serei recompensado me aportando em teus seios
                           II
Ausente estiveste. Para o tempo, seis anos; para mim, seis séculos
Nesse momento lancinante, duvidoso – fico incrédulo
Que voltando a ocupar nosso espaço
Eu a terei novamente em meus braços
                            III
Dentro de casa, o tempo parou
Teus guardados, gavetas, nada mudou
Mas minha vida parou inteira
                        IV
Muito de meu viver foi modificado
Deixaram marcas no meu peito tão dilacerado
Triste e desolado, tive a solidão como companheira.


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Semana de 8 a 15 de julho de 2016

 “Folha de Papel” em concurso nacional de poetas faz bonito seu papel
(Paulo Ferreira da Rocha Filho)
                                I
O Concurso Sarau Brasil 2016 foi alvissareiro
Aberto a todo brasileiro
Que imbuído de tristeza ou alegria
Inscrevesse sua poesia
                                       II
Uma legião de poetas se mobilizou
Cada um sua obra enviou
Para concorrer entre as 250 melhores
Destacando-se conteúdo e não se menores ou maiores
                                       III
Enviei “Folha de Papel” uma poesia singela
Depois, o resultado: dentre as contempladas estava ela
Falando da importância do papel na transmissão da escrita
Produzindo e reproduzindo para cada geração o que a cultura dita
                                       IV
Declamada, Eneida para Virgílio é cântico para seus ouvidos
“Folha de Papel” é um sussurro inebriante para meus sentidos
E eu que pensava que não cabia mais nada nessa folha de papel
Inopinadamente, é como se esse concurso tivesse caído do céu.                             

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Semana passada deixamos de postar artigo por problemas técnicos. Nossas desculpas aos nossos leitores.

Semana de 1º a oito de julho de 2016

  Jornalismo – ainda fora da lei
(Paulo Ferreira da Rocha Filho)

As sociedades quanto mais avançam
Mais direito e progresso elas alcançam
Ocorre em diversas áreas do conhecimento
Conquistas que abrangem o maior intento
                                      II
Profissões são legalmente regulamentadas
Para evitar práticas inapropriadas
Dessa forma o exercício legal
É exercido por competente profissional
                                  III
Existe um fato que até causa receio
Nesse universo há um patinho feio
Uma profissão que merece que muito se invista
Atua como catalizador da democracia – jornalista
                              IV
Muitos estudantes querem seguir essa carreira
Acreditam em si e na estabilidade para a vida inteira
Pais zelosos não querem que filhos sejam jornalistas jamais
Porque diploma ainda não se necessita mais.
                              V
A inconstitucionalidade do diploma
Atirou muitos sonhos e talentos na lona
O que permite que práticos curiosos e improvisados
Desempenhem a função sem muito tato
                             VI
Deram uma pedrada na vigilante Democracia
Que com olhos de Argos Panoptes a governabilidade vigia
Fragiliza a ética na governabilidade
Nas acrópoles e no resto das cidades
                            VII
Desconfie quando você não mais puder materializar seus pensamentos
Porque o jornalismo é nosso maior instrumento
Que instrui, educa e apoia a quem bem governa
Fora disso, o ideal de um povo hiberna
                           VIII
O que questionamos não é que somente jornalistas devem escrever
Mas ter um conselho que regulamente e determine o cumprimento de seu dever
Jornalismo, das profissões não é  bagaço
É igual a todas as outras e que seja exercida com têmpera de aço
                            -x-