quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Semana de 25 de agosto a 1° de setembro de 2017

                    Cotidiano brasileiro

Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).
                         I
No Brasil há muito tempo não é diferente
Sempre notícias que estão roubando a gente
Em Brasília tem muita quadrilha bem aparelhada
Com políticos nos assaltando com cara deslavada
                          II
O acesso aos bens públicos é bem organizado
E todos são sem dúvidas muito bem aquinhoados
Quando descobertos, vem a espetacularização da notícia
Com esses ladrões fortemente escoltados pela polícia
                        III
Mas se a roubalheira fosse de políticos somente
A população não fica atrás Age também verozmente
Pois quando tomba um caminhão
Muitos na carga metem a mão
                      IV
O motorista em seu pior momento de sofrimento
E os saqueadores sem respeitar esse sentimento
Essas mesmas pessoas chamam político de ladrão
Como, se nesse vasto campo todo mundo é irmão?
                      V
E nessa mixórdia, alguns revoltados se proclamam
Uns indiferentes, outros ausentes, outros se inflamam
Nas Redes de Comunicação como uma diversão
Fazem gracejos, fazem piadas em meio a tanta insatisfação
                    VI
Esse não é o momento indicado para piadas
Nossos sonhos, nossa liberdade uma, uma surrupiada
É difícil aceitar mas no Brasil crime compensa
Justiça imperiosamente exemplar não existe – se dispensa
                  VII
Muita roubo foi mostrado. Não há mais mistério
Vamos à rua, vamos agir, vamos ser sérios
Chega de sermos secularmente roubados
Não podemos deixar na graça e tudo de lado
                 VIII
Cadeia é pouco. Pode até ser um paraíso
Lá dentro estão mais protegidos que nós – tudo garantido
A população presidiária é mantida com dinheiro de nosso imposto
E quanto mais gente presa, para nós, mais desgosto
                             IX
Deveriam todos terem os bens arrestados
CPF e demais documentos legalmente anulados
Extinguir cidadania com essa justificativa
Com isso talvez voltemos às nossas vidas ativas
                            X
É preciso urgentemente cassar dos ladrões a cidadania
Sobrariam somente os nomes. Nenhum tipo de negócio se realizaria
Nas mídias, uma programação de interesse do povo
Daí quem sabe, um outro país poderia nascer de novo?!

quarta-feira, 20 de setembro de 2017


Semana de 18 a 25 de agosto de 2017

Livro – instrumento
de aperfeiçoamento

Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).

                 I
Com emoção e oração
Agarre-se aos livros
Eles são tábuas de salvação
Estudar como navegar é preciso
                   II
Livro é chave que o mundo inteiro abre
Dele podemos fazer a melhor mensagem
Livro ensina, instrui e também muito educa
À falta dele muita gente na vida se machuca
                   III
Livro na vida é de grande importância
Acompanha a nossas vidas desde a infância
Livro é por excelência amigo por inteiro
Livro é nosso melhor e mais fiel companheiro.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Semana de 11 a 18 de agosto de 2017

E por não estar completa
plástico em nossa dieta
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).

                            I
Nossa maneira de viver de tão incerta
Novidade – agora temos plástico na dieta
Nos EUA – pesquisa da Orb Media
Mostra que em alimentação perdemos as rédeas
                           II
São microplásticos – fibras sintéticas
Deixando a população atônita e patética
Tintas são plásticos líquidos – outro transtorno
E a natureza apenas os trata como estorno
                          III
No mundo 270 milhões de toneladas de plástico são produzidas
Metade é descartada pela sociedade assim traduzida
Sete milhões de toneladas escorrem em rios e mares todo ano
Lucro para poucos; para todos sobram danos
                          IV
Ocorre a contaminação em toda cadeia alimentar
Não se tem opção, disso ninguém consegue escapar
A persistência do plástico no ambiente é secular
Molécula sintética é complicada na natureza se degradar
                             V
100 km de pneu rodado produz 20g de pó
Implica em muita coisa – não é um problema só
A média mundial é de 4,3 fibras por litro
Está tudo funcionando errado – isso eu alvitro
                            VI
Junte-se a isso sacolas, canetas, fraldas, absorventes
E um bilhão de canudos ao ano – uma verdade inconveniente
Fica difícil dessa maneira o mundo melhorar
Porque nem todos querem desses vícios abdicar.

sábado, 2 de setembro de 2017

Semana de 4 a 11 de agosto de 2017

                  Sou teu espelho

Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).

                   I
Sou teu espelho
Em casa tão importante apetrecho
A quem tu dás um mudo bom dia
Nos momentos tristes, outros de alegria
                  II
Sou teu espelho
Mesmo que tu não me peças conselho
Tu tão perto e tão presente em mim
Eu tão perto e tão ausente em ti
                 III
Sou teu espelho
Emoldurado em verde, ouro ou vermelho
És primavera nesta tua sala de banho
Dela sou prisioneiro imóvel, nada perco, nada ganho  
                IV
Sou teu espelho
Como um libidinoso fedelho
Espera ansioso o acender da ribalta
Somar à tua luz e deixar minha estima em alta
                V
Sou teu espelho
Não quero cair num patético e desolado estrambelho
Como um frustrado espectador das primeiras filas
Que perde o ingresso e não vê quando desfilas
               VI
Sou teu espelho
Para em tua vida meter o bedelho
Quando tacitamente confessares teus segredos
Fizeres-me fiel depositário de tua vida e teus medos
              VII
Sou teu espelho
A quem muito me assemelho
Na condição humana vejo-te em várias horas
De frente, de lado. Depois fugidia, viras as costas e vais embora.