terça-feira, 29 de agosto de 2017

Semana de 28 de julho a 4 de agosto de 2017

                    Meu casaco marrom

Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).

                    I
A foto do casaco é recente
De hoje, ainda está quente
Eu, especialmente muito, muito me contento
Porque minhas coisas se prolongam no tempo
No inverno
Não hiberno
O casaquinho que você me deu
Aquece os dias meus.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Semana de 21 a 28 de julho de 2017

                    Amigo

Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).

                           I
Amigos, sem dúvida, sempre é bom e necessário
Se você tiver nem que seja um, já é bom presságio
Para começar, é aquele que ajuda sem nunca cobrar
E o velho tempo é quem constrói o verdadeiro ligar
                            II
Amigos quase sempre temos pouco
Porque amigos são caros como o ouro
E tudo é feito num especial preparo
Porque ouro é metal precioso e raro
                           III
Davi e Jônata foram muito bons amigos
Um sempre ajudou o outro quando preciso
Jônata nutria por Davi um grande amor
O mesmo que sentia por si, em igual teor
                           IV
Amigos temos em tudo que é classificação
Mas todos, sem exceção, emanados do coração
Amigo oculto, amigo do peito, amigo secreto
Amigo espalhafatoso e até amigo discreto
                              V
E se nós plantamos e depois colhemos
Amigo é aquele irmão que escolhemos
E aqui a glória suprema que digo e não contradigo
Foi Abraão ser chamado por Deus de “Meu amigo”
                               VI
Imagine o que é para um mortal ser amigo de Deus
Não é para poucos – apenas um – Título que nem é meu nem seu
Mas Abraão foi bom, foi ótimo. Radicalmente fiel – inconteste
Por isso seu lugar já está reservado no eterno Paraíso Terrestre.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017


Semana de 14 a 21 de julho de 2017

                    O piano velho

Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).

Era um piano antigo, surrado, melancolicamente esquecido
Pouco usado, o som mavioso deixou para trás, desaparecido
Ficou à toa, de lado, dissonante
Já não tocava mais como antes
Então, depois de longo período, restou por fim
Nas teclas o amarelo do tempo no velho marfim.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

                             
Semana de 7 a 14 de julho de 2017

                    O beijo

Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Três vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

                                 I
Beijo pode ser manifestação de carinho, sedução
De alegria, cordialidade, agradecimento e até traição
Beijo no cotidiano, beijo perdido, aquele que nos envolve
Beijo esquecido que a felicidade nos lembra e nos devolve
                                 II
Nas Artes há muitos registros inolvidáveis
De beijos na linha do tempo notáveis
É tanto, tento beijo que não sei mais lá o quê
Na pintura de Canona quando Eros desperta Psiquê
                                 III
Magritte pintou beijo em “Os amantes”
Como ninguém se houvera beijar antes
E um beijo para cada um se animar
É “Beijo roubado” de Jean Fragonard
                                IV
Em “O aniversário” de Chagal amantes flutuam
Em outras Artes outros beijos também atuam
Trabalhos de ontem rasgam o hoje e alcançam o amanhã
É a famosa escultura “O beijo” de Auguste Rodin
                               V
Nas fotos da 2ª Guerra como numa emoção primeira
Soldado na Times Square tasca beijo numa enfermeira
Na música “Quero beijar-te as mãos” o beijo cavalheiresco por Faissal e Carvalho
“Besame Mucho” de Velásques é sucesso mundial sem atalho
                           VI
Na música “Pai e mãe” – o beijo assexuado e universal do Gil
O poeta em inspiração estava a mais de mil
E de beijo em beijo, o beijo se eterniza aqui e em qualquer lugar
E você já encontrou alguém em que possa beijar?