segunda-feira, 17 de dezembro de 2018


Semana de 13 a 20 de julho 2018


Eu e ela na piscina
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

              I
Naquele domingo
A felicidade me invadindo
A cúmplice natureza
Na sua certeza
            II
Em capricho zeloso
No momento ditoso
Esparramou flores à água na piscina
Ah! Como tudo isso me fascina
         III
Uma amiga
Que agora eu diga
Ornamentando o ambiente
Na tarde quente
         IV
Corpo esguio
De me dar arrepio
Naquela circunstância
Mantive-me a meia distância
              V
Ela, ali tão absorta
Tão leve, tão solta
Vendo a água tocar seu corpo
Senti um ciúme louco
              VI
A mim, só permitia olhar
Tocar, nem  pensar
Uma pizza para saborear
E meu embaraço quebrar
           VII
A chuva veio sem convite
Autenticando meu limite
Anoitecia, raios e trovões
Festejando-nos em bordões
          VIII
E tudo se fez luz, tudo iluminado
Eu, coadjuvante, posto de lado
Embora eu fora do quesito
Estava tudo bonito
          IX
Na parede, um insistente voyeur inseto
Via que faltava algo certo
A minha sereia piscinal
Não me tratava por igual
         X
Só conversava
De águas presentes, águas passadas
Havia duas piscinas: uma com água e, mesmo assim
A outra, cheia de felicidade dentro de mim.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018


Semana de 13 a 20 de julho 2018


Incêndio no Museu Nacional
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

                            I
É de deixar todo mundo revoltado e puto
A cultura do Brasil está de luto
Num descaso de proporção descomunal
Deixaram pegar fogo o Museu Nacional
                            II
Mais de um século sofrendo redução de verba para manutenção
País do desperdício e vítima de má gestão
Chocou em cheio o mundo inteiro
Pasmem! Não tinha certificação dos Bombeiros
                           III
Edificação bicentenária
Era da Cultura a indumentária
Abrigava valiosas obras seculares
No palácio neoclássico de três andares
                              IV
Nenhuma medida de prevenção
Fora feita de antemão
Principalmente a rede de hidrantes
Todos, descuidadosamente inoperantes
                       V
Sete horas de grande incêndio
Destruiu obras de toda ordem e compêndios
Séculos calcinados em desolamento gratuito
O fogaréu consumiu muita arte nesse fortuito
                        VI
Entra governo e sai governo
Num ciclo contínuo de (des)governo
Museu incendiado – memória destruída
Romperam a corrente do passado ao presente unida
                         VII
Se já somos um país sem memória
Imagine incendiando nossa História
Esse descaso não era para acontecer jamais
Porque o passado perdido não volta mais.

terça-feira, 27 de novembro de 2018



Semana de 6 a 13 de julho 2018


Eu e a coletânea da Bread
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 


Na minha adolescência
Que incongruência
Passeando, numa loja de discos, parei
Vi um disco da Bread – desejei
Falta de dinheiro – coisa sem graça
A minha frente o disco separado por uma vidraça
Longe de minhas posses e tão desejado
Hoje tenho o disco comprado
O passado no presente se redime
Não mais me proíbe uma vitrine.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018


Semana de 6 a 13 de julho 2018


Mesa à espera
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

Carla*, boa noite. Mesa posta
Seu bolo à mostra
Convido-a  fazer coisa diferente
Venha se juntar à gente
Venha à aula e ver o rio correr
Dá gosto ver
E tudo emoldurado com a verde vegetação
É viver com muita emoção.

*Nome fictício.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018


Semana de 29 de junho a 6 de julho 2018


Brasil e 13 milhões de desempregados
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

13 milhões de desempregados
13 milhões de desesperados
Não desejo isto para mim nem a você
São todos órfãos do PT.


domingo, 21 de outubro de 2018


Semana de 22 a 29 de junho 2018


José Aparecido Fontoura
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

                          I
José Aparecido, para os íntimos, Cido
É de Pingos de Filosofia, leitor assíduo
Por isso, em seu direito de leitor
Nos cobra como crítico observador.
                         II
Argumenta que o Blog não é mais hebdomadário
E sim, mensário
A reclamação vem com justa razão
Então, papel e caneta à mão
                       III
Cido
É um colega que muito admiro
Servidor público responsável e proativo
Zeloso e muito prestativo
                        IV
Anos atrás, quando um certo Blog me censurou
Cido sugeriu-me brilhante proposta que colou
E dessa intuitiva sabedoria
Nasceu Pingos de Filosofia
                        V
E para evitar que ele, brincando me dê as costas
Registro em Pingos de Filosofia esta poesia posta
Nosso ombudsman Cido
É colega por todos querido.

terça-feira, 2 de outubro de 2018


Semana de 15 a 22 de junho 2018


A moça e o mar
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

A moça em seu solitário semblante
Tem o olhar perdido no horizonte
O imenso mar
A solitária moça
Que o mundo veja e ouça
Duas obras para admirar.



terça-feira, 7 de agosto de 2018


Semana de 8 a 15 de junho 2018


Dar-se
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

Quando as pessoas se dão
Não fica faltando nada para ninguém
Um dá ao outro parte do que tem
E nessa divinal harmonia
Vamos crescendo todos os dias.

sábado, 2 de junho de 2018


Semana de 1º a 8 de junho 2018


Revolução dos Caminhoneiros II
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

                    I
Cansados de muitos governos
Com sucessivos (des)governos
A classe dos caminhoneiros
Unida, parou o País inteiro
                  II
Começou na condição de greve
Crescendo, pegando leve
E de forma gradual
Ficou total
                 III
Com o apoio da maioria da população
Ganhou status de revolução
Vida de caminhoneiro é fácil não
O cara sai de casa para morar em caminhão 
                          IV
Enfrentando estradas sem sinalização
Asfalto com buracos, barro na escuridão
Curvas e pontes traiçoeiras
E cabina fervendo mais que chaleira
                         V
Transportando todo tipo de mercadoria
Na labuta de noite e de dia
Carga tem prazo de entrega
Se ficar o bicho come; se correr o bicho pega
                       VI
Nosso combustível, um dos mais caros do mundo
O governo somente majora – fica mudo
A gasolina, idem – parece geral alucinação
Com isso, vai para o ar a inflação
                       VII
Que a verdade seja posta
Eles carregam o País nas costas
Muitos explorados por empresários
Todos extorquidos nas praças de pedágios
                    VIII
Revolução se faz com canhões, com braços
Vejam aqui que bom exemplo dado
Sem dar um tiro – sem matança
Apenas cruzaram os braços para a mudança
                     IX
Mais que trabalho, é uma missão
Fazer milagres com caminhão
Precisam ser valorizados e reconhecidos
Acorda brasil – gigante adormecido.

segunda-feira, 28 de maio de 2018


Semana de 25 de maio a 1º de junho 2018


Revolução dos Caminhoneiros
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 

                         I
A justa Revolução dos Caminhoneiros
Que atingiu a todos os brasileiros
Na atual conjuntura
É falta de infraestrutura
                         II
Não é estratégico depender só de rodovias
Nenhum governo investiu em hidrovias e ferrovias
Um trem leva a carga de 100 caminhões
Ao ano gerando economia de muitos R$ bilhões
                        III
Nossa malha ferroviária é menor que a argentina
Brasil é um país sem identidade – não sabe para onde se destina
E qualquer país que não investe no básico
Sempre terá momentos profundamente trágicos.

quinta-feira, 5 de abril de 2018


Semana de 30 de março a 6 de abril de 2018


Maria
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Agora, cinco vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil). 
                               
                                 I
Estava eu num carro quando num relance
Surge na noite, Maria em chegada exuberante
O AR, um dos quatro elementos, toca-lhe o rosto num suave açoite
Envolvendo a sílfide, fazendo-a dona da noite
                               II
Na Mitologia ou até fábulas dos Irmãos Grim
Maria é simplesmente assim
E sem exagero ou leseira
De dia é Gata Borralheira
                             III
Seu carro é sua moderna carruagem
Usa-o para o trabalho, passeio e viagem
Por opção, condição ou teimosia
É vista quase sempre sozinha
                             IV
Nessas fugidias noites, para geral surpresa
Como encanto, transforma-se numa princesa
De príncipes, não depende
Independente, vai sempre em frente
                             V
Dançando é uma grande diva
Atraindo atenção, gozando a vida
Até que depois já meio cansada
Volta à rotina, volta para sua casa.