quinta-feira, 26 de outubro de 2023

 Semana de 27 de outubro a 3 de novembro de 2023

Poeta

Paulo Ferreira da Rocha Filho

cinco vezes classificado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil;
1° Lugar em Concurso Literário Amaletras. 

 

 

Com competência, zelo e fruição

Um trabalho pode ser uma perfeição

Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho

 

               I

Quando um trabalho

É feito com amor

É êxtase, esplendor

Até se produz Obra de Arte

Seja lá como for e

Em qualquer parte.

domingo, 22 de outubro de 2023

 

Semana de 20 a 27 de outubro de 2023

Poeta

Paulo Ferreira

cinco vezes classificado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil;
1° Lugar em Concurso Literário Amaletras. 

 

 

As extintas bancas de revistas

Poeta
Paulo Ferreira

                          I

Nas capitais como também cidades de interior

Bancas de revistas – a seu inteiro dispor

Miniaturas de livrarias, com revistas, jornais

Tanta informação que não se acabava mais

                          II

Há diferenças nos diversos aspectos da leitura

Das revistas às telas de computador – uma loucura

Celulares exigem muito mais esforço visual

Os antigos impressos, melhor de se ler, bem legal

                         III

Internet chegou como se estivesse numa guerra

Atropelando essa atividade – ciclo que se encerra

Saudosas bancas aposentadas e tão espremidas

Atuam às duras penas, muitas vendendo bebidas.

 

terça-feira, 17 de outubro de 2023

  Semana de 13 a 20 de outubro de 2023

 Poeta

Paulo Ferreira

cinco vezes classificado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil;
1° Lugar em Concurso Literário Amaletras. 

 

O todo são partes de mim

Poeta

Paulo Ferreira                  

 

O meu todo é a soma das partes

Vim do pó

Vim só

Aprendi no mundo

Saber raso, saber profundo

Aprendi com família

Aprendi sob vigília

Aprendi com amigos

Uns novos, outros antigos

Aprendi com parentes

Também com derentes

Aprendi com analfabetos, doutores

Com crianças e muitos professores

Aprendi com namoradas

Tão amáveis, tão amadas

Aprendi na vida sofrida e dura

E também com minhas leituras

E pelo sim, pelo não

Sou grão, sou tijolo

Em contínua construção

Eu sou tudo isso mesmo assim

Partes de tudo são partes de mim.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

 Semana de 6 a 13 de outubro de 2023

 Poeta

Paulo Ferreira

cinco vezes classificado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil;
1° Lugar em Concurso Literário Amaletras. 

 

Das frágeis bodegas aos poderosos supermercados

                   - O que mudou no contexto Econômico/Social -

Poeta

Paulo Ferreira da Rocha Filho                                  

                               I

Maceió, no bairro que morei, Bebedouro – imorredouro

Recordações inesquecíveis de um inestimável tesouro

Tinha uma tradicional e diversificada geração de renda

Pequeno comércio de bodegas conhecidas como vendas

                               II

Um velho, surrado e até mofado balcão de madeira

Deixava tudo nessa ordem, nessa rotineira maneira

Quem chegava para comprar, apenas dizia o que queria

O dono pegava o produto, pesava, embrulhava e vendia

                                III

Sr. Jacinto era um desses tantos comerciantes

Um tipo sério como eu nunca tinha visto antes

Uns estranhos óculos de grau, diferentes, sem parelha

Usava como suporte para seu lápis a própria orelha

                                 IV

As padarias do Dr. Jackson, do seu Vasconcelos

Competiam entre si, na paz - sem nenhum duelo

As bodegas do Sr. Climério, a do Sr. Machadinho

Também na concorrência – ninguém atuava sozinho

                                V

Para comprar carne com osso ou sem osso

Era tudo sem problema – sem nenhum enrosco

Esteticamente as condições eram muito precárias

Bem distante das reais RDC - Normas Sanitárias

                               VI 

Era um açougue único, muito bom – enfim

Cujo proprietário era o temido sr. Joaquim

Existia à distância, a venda do Sr. José Aciolly

Bonzinho, mas do tipo - com ele ninguém bole

                                VII

Esses comerciantes tinham importância social

Ninguém era pobre; também ninguém era o tal

Sustentavam suas famílias, cada um com sua lida

Para a Economia, ótimo – renda bem distribuída

                                VIII

Hoje, o quadro é desolador – profundamente triste

Esse importante comércio, sugado, não mais existe

Lucro nessa e outras regiões era bem planificado

Fazia o país crescer equitativamente e organizado

                                IX

Tudo muito, muito mudou – mudou todo cenário

Findou-se um legado, deixando um farto obituário

O lucro social/monetário se foi, está concentrado

A fórceps, migrou para os caixas dos supermercados

                                 X

Concentração de renda é ruim em qualquer sociedade

Gera um abismo social miséria/riqueza uma atrocidade

Até parece que quem cria as leis isso nunca antes viu

Mas revela o país injusto simplesmente chamado Brasil.