sexta-feira, 27 de março de 2015


                           


2)    Arte reprimida nos tempos da ditadura e os protagonistas do Golpe Militar

“Impossível reprimir os instintos naturais da Arte quando ela se encontra dentro de você” – Maryen R. Escobar

Paulo Ferreira


E
m 27 de março de 1982, o filme “Pra frente Brasil” dirigido por Roberto Farias -  uma narrativa sobre um homem preso por engano e torturado por militares no transcurso da Copa de 1970, leva o prêmio de melhor filme no Festival de Gramado. Dias depois, em 1º de abril, o presidente da Embrafilme, Celso Amorim, é demitido em conseqüência dos militares não gostarem da obra. A película havia sido financiada pela entidade, dessa maneira causando um mal estar, mostrando o caos social.

Ciclo Golpista Militar no Brasil

1º - Castelo Branco – (1964 – 1967)
      Responsável por três Atos Institucionais – exerceu um grande controle dos sindicatos. Criou o bipartidarismo (Arena e MDB) e estabeleceu eleições indiretas;
2º - Costa e Silva  - (1967 – 1969)
      - Decretou o AI-5 em 13 dezembro de 1968, fechado o Congresso, acabando com o habeas corpus e sedimentando a ditadura;
3º - Junta Militar     -  (1969)
       (os três ministros militares)
       Com a morte de Costa e Silva, o vice Pedro Aleixo (civil) não tomou posse, mas a junta composta pelos três ministros militares assumiu provisoriamente;
4° - Médice -  (1969 – 1974)
     Com ele veio a repressão e a tortura. Apogeu do “Milagre Econômico”, com crescimento e inflação baixa;
5º - Ernesto Geisel  -  (1974 – 1979)
      Pai da abertura “lenta, gradual e segura”, que contrariou os militares linha dura. Acabou com o
AI-5;
6º - João Figueiredo- (1979 – 1985)
       Segundo Delfim Neto, Geisel em relação à energia, não quis prospecção e muito menos que grupos estrangeiros se envolvessem com o petróleo brasileiro. O país começou o declínio econômico aí. Na administração João Figueiredo a ferida ficou mais aberta.

Obs:
a)    Historicamente falando, o Golpe Militar se deu em 1º de abril de 1964. Como esse dia ficou folcloricamente consagrado como o “dia da mentira”, Geisel mudou a data para “31 de março de 1964”

b)   Nenhum dos presidentes militares morreu rico.