5 de junho -
dia do Meio Ambiente – As sacolas plásticas
Paulo Ferreira
A
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inda não vimos muita melhoria para as questões
ambientais. Por um lado, uma indústria que se sustenta cada vez mais em
embalagens plásticas e, por outro, uma gama de consumidores que não abdicam do
“conforto” da “cultura do plástico”. Nos
supermercados, quanto maior é o poder de compra, maior também esse tipo de
consumo – carrinhos cheios de produtos com embalagens longa vida, biscoito,
queijos e outros em embalagens duplas e
triplas. As sacolas plásticas, por exemplo, é um item que a civilização
ocidental ainda não se libertou. Elas podem levar até 400 anos para se decompor
– isto porque a natureza não dispõe de organismos enzimaticamente equipados
para decompor moléculas artificiais. Considere-se ainda que por ano são
produzidas cerca de 500 bilhões de sacos plásticos – o equivalente a 1,4 bilhão
por dia ou 1 milhão por minuto. No caso brasileiro - as sacolas plásticas representam
10% do volume de lixo. Quando vem as chuvas e levam essas sacolas para os
bueiros, elas contribuem diretamente para os entupimentos destes com consequente alagamento das vias públicas e
também pelos danos causados quando invadem casas. Na sequência, vão parar nos
rios e destes fluem para o mar. Existe uma imensa área entre o litoral da
Califórnia e o Havaí chamado de Lixão do Pacífico, onde através das correntes
marinhas as sacolas plásticas são levadas até lá.
Peixes, mamíferos, quelônios e outros, confundindo ou
engolindo sacolas perto dos elementos de suas cadeias alimentares, captam
também as sacolas plásticas.
É
preciso mais programas de conscientização – mais educação. Até mesmo que no Art.
225 da Constituição Federal de 1998: “Todos tem o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, sendo um bem comum a todos, fundamental para a
sadia qualidade de vida.
O tema
ambiental é uma questão de vida ou morte. Ainda há tempo para pensar – Ainda.