Semana de 21 a 28 de outubro de 2016
Desigualdade Social
Poeta Paulo Ferreira da Rocha Filho
I
É um contrassenso ou piada de
mal gosto
Combater a desigualdade
social não é o proposto
Ainda mais tendo o
capitalismo como estrutura
Denota que a maioria ainda
vive na escravatura
II
Da tecnologia que dispomos
até salão de automóveis bonitos
É tudo uma miragem que
encortina outro mundo tão aflito
A concentração de renda no
mundo chega ao absurdo
Fazem-nos estupefatos,
perdidos, excluídos e mudos
III
Mais da metade da população
da Terra passa muita fome
Não falamos de animais, mas
mulher, criança e homem
?Onde foi parar a ciência
social Economia com o compromisso
De estudar a produção, consumo
e distribuição de bens e serviços?
IV
No contexto geral é dado
oficial: de hora em hora
A pobreza no mundo não arrefece,
somente piora
É o que consta no Relatório
da Conferência das Nações Unidas
O todo não pode estar bem se
parte dele está perdida
V
O número de pessoas que vive
com menos de um dólar por dia
Mais que duplicou nos últimos
30 anos, retratando grande agonia
Atingindo uma legião de 307
milhões de famintos
Difícil ficarmos indiferentes
a números tão distintos
VI
A África insere 34 dos 49
países mais pobres do mundo
É de deixar cada um de nós
preocupado, meditabundo
Na Ásia é menos pior, quase
dois dólares por dia é máximo limite
2/3 da população insistem em
viver, tentando vencer o invencível – acredite
VII
No Congo país africano é uma
verdadeira desgraça
Atinge mais de 90% da
população. A Pobreza fica, não passa
?Como o mundo pode dar certo
se a Economia é protagonizada pelo capital?
Salvem-se quem puder, sucesso
não é para todos é loteria social
VIII
Sortudos vivem bem. São
poucos, é muito fácil até
Nem precisam usar a cabeça –
apenas somente pé
Sabendo dominar uma bola, ora
bolas, tudo melhora
Depois o que vier pela
frente, tudo se desenrola
IX
A sorte também procura cantor
no atacado e no varejo
Está na vista, está na cara,
pois assim os vejo
E também para os que
trabalham em televisão – desejável recinto
Um rosto e corpo bonitos, até
talento conduzem ao Olimpo
X
É preciso socializar recursos
gerando mais emprego
Senão viveremos sempre com
insegurança e medo
Com a consciência que esses recursos são finitos
Com a consciência que esses recursos são finitos
Para sermos um povo feliz num
planeta também ambientalmente bonito.