sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Semana de 14 a 21 de outubro de 2016

O mundo de Renata é o de Renata sem mundo
             (Defendendo a Reforma Agrária) 
       (Poeta Paulo Ferreira da Rocha Filho)
                      I
Renata é uma moça muito esperta
Quando discute, o faz na medida certa
Comentando sobre Reforma Agrária, importante tema
Para uns axioma; para outros, teorema
                      II
?Para que se apossar de muitos bens
Se faz falta a quem não os têm?
O Planeta não pertence a poucos, mas a todos
Latifúndio é injustiça, é roubo
                     III
Nossa existência no Planeta é passageira
É vida efêmera – ligeira
E para que nenhuma contradição não retome
Disse Gandhi: “a terra produz o suficiente para cada homem"
                      IV
Renata, como Gandhi pensa no social
Quer que oportunidade para todos seja igual
Posse de terras e outros bens – é transitória
Concentração de riqueza torna a população inglória
                      V
Nadando contra o bem e, em prol do mal
O Brasil ainda se espelha numa estrutura medieval
Quando escravidão e terra simbolizavam poder
Travaram nosso desenvolvimento, ficamos só no querer
                      VI
Muitos países cresceram com inclusão no campo
Motor do pujante Paraguai, portanto
Quando anos atrás, aqui na América, o primeiro em ferrovia
Crescia social e economicamente o mais que podia
                     VII
É mister fazer distribuição de terra e orientar agricultor
Desde o de menor escolaridade até o Doutor
Tem-se desenvolvimento com geração de emprego e renda
Não há quem não aceite, não há quem não entenda
                     VIII
Homem na roça não vai inchar cidades
Evita Êxodo Rural - problema de grande calamidade
Reforma Agrária também é dívida social
Precisa sair do papel e se estabelecer no real
                     IX
Nesse solo árido pela violência e pela ganância
Geração e mais geração podiam ter a terra em alternância
Renata, vacinada desses valores e ressabiada pela vida a fora, endossa
Ela sabe que a terra nem é minha nem é sua – é nossa 
                     X  
País que quer ser forte, rico e moderno
Dá a todos sem distinção, tratamento fraterno
A vida não está fácil, sabemos – é dura
Queremos o acesso à terra – vivos e não na forma de sepultura. 

(Estamos falando da estudante de Jornalismo Renata Thomazi).