Semana de 11 a 18 de setembro de 2015
Foto: pretalímias.blogspot.com |
Muitos querem um mundo melhor – poucos
agem como tal
Paulo
Ferreira
“Todos querem o perfume das flores, mas
poucos sujam as mãos para cultivá-las”
– Augusto Cury.
H
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istoricamente
falando, o mundo teve duas grandes Guerras. A primeira, no período 1914-1918 e,
a Segunda, no período 1939-1945. E de guerras nunca a humanidade esteve
completamente livre. Também fazemos nossas guerras particulares: Nero matou a
mãe. A Bíblia reforça quando cita Caim que matou seu irmão Abel (Gênesis 4:8); “O irmão trairá seu próprio irmão,
entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu filho. Filhos se rebelarão
contra seus pais e o matarão” (Marcos 13:12). Nós não amamos o próximo. Nós
até o matamos. Essa ocorrência não é esporádica, é todo dia. Tem marido que só
fala com a esposa às turras; com filhos e filhas, do mesmo modo. No Ambiente de
trabalho pode ser diferente. Aquele empregado que é tratado com assédio moral
pelo chefe ou patrão e que covardemente não se defende, pode ser o mesmo que trata
mal a própria família. O tratar mal pode ser medido. Somente trata-se mal
àqueles que são julgados como inferiores.
Todos desejam um mundo melhor,
criticam os outros, comentam estupefatos sobre a violência do dia-a-dia – uns
anjinhos. Geologicamente o mundo está construído e segue sua dinâmica, transformando-se
na dinâmica de seu devir. Neste sentido, a interferência humana não acontece. Porém,
existe um mundo de relacionamento humano que é construído por cada um. As
pessoas ficam preocupadas com a violência que seus filhos irão encontrar. A
prática dos relacionamentos cabe a cada um de nós. Se em Kant encontramos que
“podemos julgar o coração de um homem pela forma que ele trata os animais”, como
então podemos entender e aceitar que humanos tratem mal seus pares? Até criam
Associações Protetoras dos Animais e ou coisas parecidas. Precisa ser criada
alguma Associação Protetora para Pessoas para se tratar bem? Civilidade não é
favor, é obrigação de todos. Urbanidade é princípio básico de todo e qualquer
relacionamento. O bem é bom para quem faz e para quem o recebe. Todo humano
precisa dar e receber afeto e estima – estão lá na pirâmide de Maslow no nível
intermediário entre os Fisiológicos, Segurança e o de Autorrealização.
Nosso objetivo maior na vida deveria ser o de
alcançar a felicidade, Mas não uma felicidade centrada unicamente nas posses de
bens materiais. Fazer o bem para nós mesmos e para os outros. Promove saúde e
bem-estar. Ainda que está mais que provado que pessoas ricas não são
necessariamente felizes. Um bilhete
premiado não torna uma pessoa feliz, apenas alegre – ela atinge picos de
alegria. Mas não é felicidade. Felicidade é mais que isso. É uma condição
constante. Experimentada mesmo na ausência da “riqueza”. E mais uma vez
invocando Kant: “Não somos ricos pelo que
temos, e sim, pelo que não precisamos ter”.
Muita gente nunca encontra a
felicidade porque a procura fora de si – bem longe. A felicidade está dentro de
cada indivíduo – bem perto. A Felicidade também pode ser construída por nós,
pelos outros e pelo entorno de todo sistema político-econômico. Se o sistema é
injusto, vamos mudá-lo.
Tudo é escuridão – somente Deus é
luz!