sexta-feira, 11 de setembro de 2015

                 Semana de 11 a 18 de setembro de 2015

Foto: pretalímias.blogspot.com

Muitos querem um mundo melhor – poucos agem como tal

Paulo Ferreira


“Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as mãos para cultivá-las” – Augusto Cury.


H
istoricamente falando, o mundo teve duas grandes Guerras. A primeira, no período 1914-1918 e, a Segunda, no período 1939-1945. E de guerras nunca a humanidade esteve completamente livre. Também fazemos nossas guerras particulares: Nero matou a mãe. A Bíblia reforça quando cita Caim que matou seu irmão Abel (Gênesis 4:8); “O irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu filho. Filhos se rebelarão contra seus pais e o matarão” (Marcos 13:12). Nós não amamos o próximo. Nós até o matamos. Essa ocorrência não é esporádica, é todo dia. Tem marido que só fala com a esposa às turras; com filhos e filhas, do mesmo modo. No Ambiente de trabalho pode ser diferente. Aquele empregado que é tratado com assédio moral pelo chefe ou patrão e que covardemente não se defende, pode ser o mesmo que trata mal a própria família. O tratar mal pode ser medido. Somente trata-se mal àqueles que são julgados como inferiores.
         Todos desejam um mundo melhor, criticam os outros, comentam estupefatos sobre a violência do dia-a-dia – uns anjinhos. Geologicamente o mundo está construído e segue sua dinâmica, transformando-se na dinâmica de seu devir. Neste sentido, a interferência humana não acontece. Porém, existe um mundo de relacionamento humano que é construído por cada um. As pessoas ficam preocupadas com a violência que seus filhos irão encontrar. A prática dos relacionamentos cabe a cada um de nós. Se em Kant encontramos que “podemos julgar o coração de um homem pela forma que ele trata os animais”, como então podemos entender e aceitar que humanos tratem mal seus pares? Até criam Associações Protetoras dos Animais e ou coisas parecidas. Precisa ser criada alguma Associação Protetora para Pessoas para se tratar bem? Civilidade não é favor, é obrigação de todos. Urbanidade é princípio básico de todo e qualquer relacionamento. O bem é bom para quem faz e para quem o recebe. Todo humano precisa dar e receber afeto e estima – estão lá na pirâmide de Maslow no nível intermediário entre os Fisiológicos, Segurança e o de Autorrealização.
          Nosso objetivo maior na vida deveria ser o de alcançar a felicidade, Mas não uma felicidade centrada unicamente nas posses de bens materiais. Fazer o bem para nós mesmos e para os outros. Promove saúde e bem-estar. Ainda que está mais que provado que pessoas ricas não são necessariamente felizes.  Um bilhete premiado não torna uma pessoa feliz, apenas alegre – ela atinge picos de alegria. Mas não é felicidade. Felicidade é mais que isso. É uma condição constante. Experimentada mesmo na ausência da “riqueza”. E mais uma vez invocando Kant: “Não somos ricos pelo que temos, e sim, pelo que não precisamos ter”.   
          Muita gente nunca encontra a felicidade porque a procura fora de si – bem longe. A felicidade está dentro de cada indivíduo – bem perto. A Felicidade também pode ser construída por nós, pelos outros e pelo entorno de todo sistema político-econômico. Se o sistema é injusto, vamos mudá-lo.

          Tudo é escuridão – somente Deus é luz!