quinta-feira, 20 de abril de 2017

 Semana de 14 a 21 de abril de 2017 

Reforma Agrária
Poeta
Paulo Ferreira da Rocha Filho
(Duas vezes aprovado em Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).
                       
                         I
No Brasil o campo produz riqueza
Mas nem tudo é verde, nem beleza
A muralha social não há quem duvida
Tem com os brasileiros grande dívida
                         II
O campo também cria raízes de injustiça social
Com a distribuição de riqueza  muito desigual
50% das terras nas mãos de 1% dos proprietários
Ficando os excluídos com cara de otário
                         III
Nossa estrutura agrária ainda é medieval
Para os latifundiários um grande festival
Nada sobra para os excluídos
Nesse sistema injusto, indevido
                          IV
Precisa ser feita uma Reforma Agrária
Para conter a ordem social contrária
Reforma Agrária pode ser institucionalizada ou pela força
Para desconstruir as amarras sociais nessa camisa de força
                             V
Na Itália criou-se  imposto progressivo
Acabando como modelo repressivo
Na antiga União Soviética – expropriação
Para cada caso, uma saída, uma solução
                             VI
Aqui no Brasil de ordem rarefeita
Tentativas foram inconsequentemente feitas
Da Coluna Prestes à Liga dos Camponeses
Contra as forças retrógradas dos burgueses
                              VII
João Goulart foi o presidente que tratou do fato
Pagou caro, foi deposto e voluntariamente exilado
Iniciou a briga com seu Decreto nº 53.700
Que os reacionários implodiram seu intento
                               VIII
Com Reforma Agrária se combate fome e violência
Trazendo muitas positivas consequências
Socializando e humanizando a Economia
Valorizando o campônio em seu dia a dia
                                 IX
E se a origem da terra está em Deus nosso pai
Ele nunca faz de menos, nunca faz demais
E agora me adianto, vou mais além
A terra é de todos, a terra é de ninguém.