Semana de 14
a 21 de
abril de 2017
Reforma Agrária
Poeta
Paulo Ferreira da
Rocha Filho
(Duas vezes
aprovado em
Concurso Nacional Novos Poetas do Brasil).
I
No Brasil o
campo produz riqueza
Mas nem
tudo é verde, nem beleza
A muralha
social não há quem duvida
Tem com os
brasileiros grande dívida
II
O campo
também cria raízes de injustiça social
Com a distribuição
de riqueza muito desigual
50% das
terras nas mãos de 1% dos proprietários
Ficando os
excluídos com cara de otário
III
Nossa
estrutura agrária ainda é medieval
Para os
latifundiários um grande festival
Nada sobra
para os excluídos
Nesse
sistema injusto, indevido
IV
Precisa ser
feita uma Reforma Agrária
Para conter
a ordem social contrária
Reforma Agrária
pode ser institucionalizada ou pela força
Para
desconstruir as amarras sociais nessa camisa de força
V
Na Itália
criou-se imposto progressivo
Acabando
como modelo repressivo
Na antiga
União Soviética – expropriação
Para cada
caso, uma saída, uma solução
VI
Aqui no
Brasil de ordem rarefeita
Tentativas
foram inconsequentemente feitas
Da Coluna
Prestes à Liga dos Camponeses
Contra as
forças retrógradas dos burgueses
VII
João
Goulart foi o presidente que tratou do fato
Pagou caro,
foi deposto e voluntariamente exilado
Iniciou a
briga com seu Decreto nº 53.700
Que os
reacionários implodiram seu intento
VIII
Com Reforma
Agrária se combate fome e violência
Trazendo muitas
positivas consequências
Socializando
e humanizando a Economia
Valorizando
o campônio em seu dia a dia
IX
E se a origem
da terra está em Deus nosso pai
Ele nunca
faz de menos, nunca faz demais
E agora me
adianto, vou mais além
A terra é
de todos, a terra é de ninguém.